A vantagem colorada é enorme para chancelar o hexa no Beira-Rio. O Inter venceu fora de casa, potencializando o golaço qualificado de Andrigo, após assistência ainda melhor de Vitinho. Foi superior no primeiro tempo, mas inferior no segundo, mesmo antes da expulsão de Vitinho.
Na primeira etapa, com Anderson fazendo sua melhor partida defensiva desde que chegou, mais ajudando os volantes do que se somando ao ataque, o Inter mereceu a vantagem. Andrigo foi o protagonista, mas a solidariedade dos homens de frente na marcação deu volume ao time de Argel.
No intervalo, Antônio Carlos mexeu no time com ousadia. De dominado, passou a dominador. Saiu do 4-2-3-1 para o 3-5-2, abrindo o atacante Dieguinho como ala pela direita, o que inibiu os avanços de Artur. Sem o avanço do lateral, Vitinho perdeu parceria e, bem marcado, se irritou e terminou expulso. Na esquerda, soltou Pará. Não criou chances claras — teve melhores em contra-ataques, na etapa inicial —, mas pressionou o tempo todo.
Após a expulsão, Argel reorganizou o time em duas linhas de quatro, baixando Sasha (depois Raphinha, uma troca oportuna) para fechar o lado esquerdo. O Inter terminou o jogo acuado, mas se defendendo com disciplina. Até Marquinhos virou lateral-direito, já com Jair na equipe para ajudar na retranca final. O Inter se aproximou muito do Hexa, mas o Juventude mostrou na segunda etapa que não está morto.
BOM JOGO
A primeira parte da final teve qualidade e a valentia dos melhores Gauchões. Alisson mostrou porque é titular da Seleção, com uma defesa magistral diante de Hugo. A jogada do gol de Andrigo é um primor, com troca de passes, inversão de lado e a bucha de Andrigo. Elias defendeu uma bola impossível no cantinho. É um goleiraço. O meia Bruno Ribeiro, 33 anos, pode integrar qualquer elenco de série A do país, assim como Klaus. O Juventude é sério candidato a subir para a Série B.