Uma grande operação de segurança foi deflagrada em Paris nesta sexta-feira depois de um homem atacar com um facão um soldado nas cercanias do Museu do Louvre – uma das atrações turísticas mais populares da capital francesa e o mais visitado museu do mundo.
O soldado reagiu e a atirou no homem, que ficou gravemente ferido.
As autoridades francesas divulgaram poucos detalhes sobre o incidente, ocorrido em uma cidade que, em anos recentes, foi palco de pelo menos dois grandes ataques extremistas. O que se sabe até agora:
Por volta de 10h da manhã dessa sexta-feira, um homem, ainda não identificado pela polícia, tentou entrar em um shopping center próximo ao Museu do Louvre, que era vigiado por uma patrulha. Segundo as autoridades, ele investiu contra os soldados e gritou “Allahu Akbar” (Deus é poderoso, em árabe).
Uma segunda pessoa foi presa. Duas sacolas apreendidas pela polícia “não continham explosivos”.
Cinco tiros foram disparados e o homem sofreu graves ferimentos na região do abdômen. Um soldado foi ferido na cabeça.
O primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, descreveu o incidente como um “ataque terrorista por natureza”.
Cerca de 250 pessoas estavam no interior do museu no momento do atentado. O museu foi evacuado.
Paris está sob estado de alerta desde os ataques de novembro de 2015, em que 130 pessoas foram mortas por extremistas islâmicos em diferentes pontos da cidade. Em janeiro daquele mesmo ano, 17 pessoas morreram na invasão do escritório da revista de sátira política Charlie Hebdo.
Os ataques em Paris e em Nice – onde 86 pessoas morreram atropeladas por um caminhão, em julho do ano passado – resultaram em uma queda acentuada nas atividades de turistas estrangeiros. De acordo com números divulgados no início de janeiro, o Louvre, por exemplo, registrou uma queda de 20% no número de visitantes entre 2015 e 2016. A prefeitura de Paris disse ter havido queda de pelo menos 10% nas reservas de hotéis.