Na noite desta segunda-feira, um oficial de Justiça foi até a residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros, para notificá-lo oficialmente da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de afastá-lo da presidência da Casa.O oficial, no entanto, não foi recebido por Renan, que marcou para que a medida fosse cumprida amanhã, às 11h, na presidência do Senado. De acordo com Luiz Bandeira, Secretário-Geral da Casa, após as 18h o senador não era obrigado a receber a notificação, podendo agendar para o dia seguinte. Calheiros prefere que a notificação seja feita de forma pública, de acordo com Bandeira. Quatro dias depois de se tornar réu pela primeira vez, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi afastado da presidência do Senado. A decisão liminar (provisória) é do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF),atendendo ao pedido da Rede .sob alegação de que réus não podem estar na linha sucessória da Presidência da República. A saída do cargo ocorre em meio a votações importantes, como o segundo turno da PEC do Teto, e temas polêmicos, a exemplo do projeto que trata do abuso de autoridade e de medidas anticorrupção. Quem assume o comando da Casa é Jorge Viana (PT-AC), com a prerrogativa de definir o que irá à votação. O afastamento provocou surpresa em Brasília. No Palácio do Planalto, onde estava para uma reunião da bancada governista com o presidente Michel Temer sobre a reforma da Previdência, o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), avaliou que as votações consideradas importantes para o governo, como a proposta que limita o aumento das despesas públicas pelos próximos 20 anos à inflação, não serão prejudicadas. — Existe um calendário acertado com o presidente Renan, com toda a Mesa Diretora, com os líderes e com os partidos. Esse calendário será respeitado, independentemente de quem esteja presidindo a...