O número de mortos em ataques no Iraque, entre a noite de sábado (2) e a madrugada de domingo (3), subiu para 200, segundo balanço divulgado pela CNN, citando fontes oficiais. O grupo terrorista e extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a ação.
O último balanço foi divulgado pelo vice-chefe do comitê do Conselho Provincial de Bagdá, Mohamed al-Rubaye, em uma entrevista nesta segunda-feira (4). A Reuters, no entanto, diz que 147 pessoas morreram e 35 seguiam desaparecidas, segundo a polícia e fontes médicas.
A sorveteria mais popular e antiga de Bagdá estava movimentada à 1h (horário local, 19h em Brasília). No momento do ataque, Al Karrada estava cheia mesmo tarde da noite porque os iraquianos costumam comer fora de casa durante o mês do Ramadã, já que passam o dia jejuando – a solenidade termina na próxima semana.
Uma outra explosão atingiu uma movimentada área comercial do centro da capital iraquiana, que estava repleta de gente devido ao Ramadã, mês de jejum muçulmano. O artefato explodiu na estrada em um mercado em al-Shaab, um distrito xiita popular do norte da capital.
O ataque com bombas é o mais mortal no país desde que as forças iraquianas desalojaram no mês passado militantes do Estado Islâmico de Fallujah , reduto do grupo a oeste da capital que servia como plataforma para o lançamento de ameaças desse tipo.
O EI assumiu a autoria do atentado em comunicado assinado e divulgado nas redes sociais, no qual garantiu que o alvo eram os xiitas. O grupo terrorista, que avaliou em 40 o número de mortos e em 80 o de feridos, advertiu que “com a permissão de Deus prosseguirão os ataques dos mujahedins contra os renegados”.
O Iraque trava uma luta contra o EI desde junho de 2014, quando o grupo terrorista assumiu amplas regiões do norte e do centro do país e proclamou um califado.