O Grêmio foi ao Mineirão focado. O semblante dos jogadores mostrava claramente o objetivo do time, que era sair vivo do caldeirão do Galo. E se o objetivo era sair vivo de Belo Horizonte, o Tricolor conseguiu mais. Pedro Rocha brilhou, por duas vezes. Ainda teve tempo do Atlético deixar o seu. Mas a gana gremista de buscar o penta superou as expectativas e num improvável contra-ataque puxado por Geromel, Everton definiu a gigante vitória gremista em solo adversário.
Primeiro Tempo
Os times entraram em campo focados para marcar e não deixar espaços. Os primeiros minutos eram de pura marcação e aplicação tática das equipes. O Grêmio na sua formação habitual, o 4-2-3-1, com Maicon um pouco mais avançado e participando bastante da organização do time. O Galo, com seu ataque poderoso e um meio campo leve, com Cazares e e Maicosuel oferecia perigo à primeira vista, mas foi se tornando obsoleto à medida que o cronômetro girava.
Taticamente bem organizado e neutralizando os meias adversários, que não produziam ofensivamente e deixavam muitos espaços para o Grêmio trabalhar as jogadas. Tanto que as duas primeiras finalizações foram do Tricolor, com Luan e Douglas.
O jogo continuo melhor para o Grêmio, que dominava as ações e produzia mais que o Galo. Até que em uma jogada trabalhada pelos meio campistas gremistas, Maicon deixou Pedro Rocha cara-a-cara com o goleiro e num belo drible, tirou o zagueiro da jogada e marcou um belo gol no Mineirão. Na comemoração, o gremista tirou a camisa e recebeu cartão amarelo.
O Galo reagiu depois do gol. Marcelo Grohe operou um milagre em chute à queima roupa de Júnior Urso e manteve a igualdade no placar. Mas o Grêmio ainda teve chances de matar o jogo. Pedro teve duas oportunidades claras para marcar e não aproveitou. Luan também teve a sua e chutou por cima da meta de Victor, de dentro da área.
O primeiro tempo foi bom para o Grêmio, mas poderia ter terminado melhor se os atacantes tricolores tivessem aproveitado as oportunidades.
Segundo Tempo
O segundo tempo da decisão iniciou com a mesma batida do primeiro. O Grêmio com menos posse de bola mas continuando bem organizado e não deixando o Galo criar. Mais atento à marcação, o time de Marcelo Oliveira mostrava leve melhora, mas sem muita evolução ofensiva.
Até que a estrela de Pedro Rocha brilhou novamente aos 9. Ele recebe no meio-campo e partiu sozinho pra jogada individual. Passou por três adversários, viu a saída de Victor e finalizou muito bem, no canto do goleiro, marcando o segundo do Grêmio – e segundo dele – no jogo. O Tricolor ampliava a vantagem no Mineirão e construia uma boa vantagem.
Contudo o Galo tinha o apoio da torcida e partiu pra cima do Tricolor. Numa jogada na linha de fundo, Pedro Rocha fez falta em Carlos César e recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso da partida aos 21′. A partir daí foi o abafa do Atlético-MG. Um bombardeio deu-se na área gremista. Geromel e Kannemannn seguiram firmes. Até que numa cobrança de escanteio, numa falha de marcação, o zagueiro Gabriel apareceu livre e emendou de primeira para o fundo do gol de Marcelo.
Na pressão, o Galo chegava ao empate e diminuía a vantagem no jogo. Mas Renato havia colocado Everton no jogo e a oportunidade do contra-ataque ainda não havia acontecido. E coube a Geromel, o mito, puxar o contra-ataque aos 45′ e cruzar para Everton fazer o terceiro gol.
O Grêmio jogava o fino da bola no Mineirão, Pedro Rocha, duas vezes e Everton deixavam o Grêmio com uma excelente vantagem para a decisão na Arena.