Os reservas do Grêmio cumpriram o seu papel e conseguiram segurar um empate em 0 a 0 com o Figueirense na noite deste sábado no estádio Orlando Scarpelli. Em um jogo sem muita inspiração, as duas equipes somaram apenas um ponto cada no Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, o Grêmio chegou aos 49 pontos, na oitava colocação. Já o Figueirense, segue na zona de rebaixamento com 33, em 18º lugar. O próximo compromisso do Tricolor será contra o Cruzeiro, na Arena, pela Copa do Brasil. Já o time catarinense o clássico contra a Chapecoense na Arena Condá.
Grêmio controla o Figueirense
Com os reservas e pensando na Copa do Brasil, o Grêmio encarou o Figueirense no Orlando Scarpelli com o único objetivo de preservar os titulares para o segundo confronto contra o Cruzeiro. Apesar a formação alternativa, o Tricolor fez um bom primeiro tempo e controlou as ações do adversário.
A característica marcante do Grêmio, o toque de bola, não deixou de ser utilizada pelos reservas e as principais investidas surgiam dos pés de Guilherme e Everton. Precisando do resultado e pensando na saída da zona de rebaixamento, o Figueirense mostrou o seu cartão de visita aos 10 minutos, quando, após um cruzamento de Rafael Silva, Rafael Moura deu um voleio e quase abriu o placar.
Dez minutos depois, o Grêmio devolveu o troco na mesma moeda. Everton também tentou pegar de voleio um cruzamento vindo da direita, mas não teve êxito no lance. Aos 23, o Grêmio chegou novamente e na bola parada. Bolaños cobrou uma falta do lado direito e colocou a bola na trave. O equatoriano quase surpreendeu Gatito Fernández quando deixou de fazer o cruzamento e fez uma cobrança direta.
Os times não conseguiam ter fluência no jogo e não havia um domínio claro para algum dos lados. O duelo no meio-campo foi muito ferrennho, com os volantes de ambas as partes se destacando nos desarmes. Aos 34 minutos, Bady conseguiu se desvencilhar da marcação e avançou em direção à área. O meia decidiu arriscar um chute de longe quase surpreendeu Marcelo Grohe. Para sorte do Grêmio, a bola saiu pela linha de fundo.
Tricolor perde chance para matar o jogo
No retorno para o segundo tempo, o Grêmio não mudou a sua postura em campo. Apostando muito na marcação no meio-campo e nas saídas rápidas para o contra-ataque, o Tricolor voltou a controlar o jogo nos primeiros minutos. A principal preocupação de Renato Portaluppi foi a contenção de Bady, meia movediço do Figueirense. A iniciativa deu certo, tanto que Marquinhos Santos decidiu abrir mão do camisa 20 para a entrada de Matheus.
Sem presença de área com Everton como falso nove, Renato mexeu na formação gremista e retirou Guilherme para a entrada de Batista. A partir daí, com um centrovante, Everton foi deslocado para o lado, região em que normalmente atua pelo Grêmio.
Apesar da mudança, o Grêmio seguiu com a produção abaixo da média. O Figueirense, que apostava muito mais em bolas paradas, não conseguia chegar a ponto de levar risco ao gol de Marcelo Grohe. O desespero começou a bater a partir dos 30 minutos, quando qualquer bola era lançada para Rafael Moura, na esperança de que o centroavante ganhasse da zaga gremista.
Depois de um segundo tempo inteiro sem inspiração, o Grêmio teve, aos 45 minutos, a chance de matar o jogo com Batista. O centroavante foi lançado no ataque e saiu na frente de Gatito Fernández. O garoto tentou driblar e bateu, mas a bola ficou no peito do goleiro do Figueirense, que saiu da partida como herói.
Brasileirão 2016 – 33ª rodada
Figueirense 0
Gatito; Ayrton, Marquinhos, Bruno Alves e Marquinhos Pedroso; Renato, Ferrugem (Elvis) e Bady (Matheus); Lins, Rafael Silva (Dodô) e Rafael Moura. Técnico: M. Santos
Grêmio 0
Marcelo Grohe; Wallace Oliveira, Rafael Thyere, Wallace Reis e Iago; Kaio, Jaílson, Guilherme (Batista), Miller Bolãnos (Lincoln) e Negueba (Guilherme Amorim); Everton. Técnico: Renato Portaluppi
Cartão Amarelo: Marquinhos (F); Bolaños (G);
Árbitro: Eduardo Valadão (GO), auxiliado por Adailton Fernando Menezes (GO) e Edson Antonio de Sousa
Local: estádio Orlando Scarpelli.